7 de abr. de 2009

Jornalistas de verdade



Depois de muito e muito tempo eu voltei. Hoje Dia do Jornalismo, venho parabenizar e defender todos aqueles que são apaixonados por essa profissão. Afinal, todos nós quando decidimos cursar jornalismo sabíamos das reais condições e dificuldades que enfrentaríamos. Por isso considero os jornalistas profissionais apaixonados, pois é isso mesmo que somos, apaixonados pela vida, pela informação, pela notícia, pelas pessoas.
Falem o que quiserem, que jornalista é individualista, egoísta, que se acha, mas não é bem assim a verdade é que amamos o que fazemos e por isso defendemos a nossa classe. Atualmente vemos a obrigatoriedade do diploma pra jornalista, em votação no Supremo Tribunal Federal, o que na minha opinião é uma grande “palhaçada”, pois nada me convence de que o diploma não é necessário. Não bastando isso, ainda vejo jornalistas contra a obrigatoriedade do diploma, alegando ainda que a formação não é imprescindível. É fato que existem profissionais de baixa qualidade e que universidades se prendam na concorrência do mercado de trabalho, mas isso não acontece só no jornalismo, mas em todas as profissões.

Dizem que o jornalismo é uma profissão intelectual, na tentativa de explicar que a universidade não oferece uma formação humana para o jornalista, mas espera aí, primeiro que caráter e ética não se aprende em quatro anos de formação, segundo que não vivemos mais na época em que jornalistas eram intelectuais e polêmicos. Acredito que essas explicações são uma tentativa de fugir da realidade, pois os tempos mudaram e não só para o jornalista, todos precisam se qualificar, mesmo porque é cada vez mais fácil fazer uma faculdade.

Também acho uma besteira comparar o Brasil com países desenvolvidos que não exigem o diploma, não é por que isso dá certo lá que vai funcionar aqui também. Imaginem só um monte de gente que nunca fez um lide pedindo emprego em um jornal de grande circulação, só porque leu alguns livros e se considera preparado. Não consigo achar isso normal, é necessária sim uma qualificação. Estou no último ano de jornalismo e posso afirmar que agora me sinto preparada, pois tive muita base teórica e prática durante esses anos, fui preparada por profissionais experientes e qualificados. Posso não ser a mais intelectual das jornalistas, mas com toda certeza aprendi e ainda aprendo muito na faculdade e sinceramente acredito a qualificação é sim imprescindível, para qualquer profissional.

Para terminar fico com a frase do Sindicato dos Jornalistas de Campo Grande “Jornalista de mentira deforma a verdade”.

Parabéns á todos.

2 comentários:

Naiane G. Mesquita disse...

Quando alguem fala que nao precisamos de faculdade eu penso: mas onde vc vai aprender em 4 anos a conhecer jornalismo literario, a fazer videodocumentarios, telejornalismo, radiojornalismo, texto em revista e ainda aqueles chatos dos leads em piramide invertida? Eu aprendi muito na faculdade, nao foi a toa.. é tao dificil de algumas pessoas entenderem isso? Existem tantas criticas ao jornalismo atual, como vamos mudar isso sem estudo? Essa nao é, e sempre foi a chave para tudo?

Bruna Lucianer disse...

E a base teórica que esses 4 anos nos bancos de faculdade nos trouxeram? Não precisa? Vocês tinham noção do peso ético da profissão que escolheram quando entraram na faculdade? Pois eu só vim a ter noção depois desses anos todos. É muito mais do que diploma; é preparação, empenho, dedicação. Má que coisa!