Quando decidi fazer o perfil do músico e jornalista Rodrigo Teixeira, confesso ter ficado um pouco nervosa, pois teria que falar de uma pessoa referência em Campo Grande, quando se trata de música e cultura regional. Ainda mais teria que entrevistar um jornalista, conhecido por seus trabalhos e competência. Mas me surpreendi com sua simpatia e simplicidade em aceitar que uma pessoa completamente estranha falasse sobre sua vida. Em todo momento ele se mostrou muito disposto a me ajudar e contribuir com todas as informações que eu precisava.
Rapidamente pude perceber que eu estava falando de alguém muito culto e que fazia juz a sua “fama”. Rodrigo surpreende pela sua origem, pois dificilmente encontramos pessoas do interior com tanto interesse pelas artes. Nascido no Rio Grande do Sul, o rapaz que morou em várias cidades até chegar em Dourados, aos 10 anos mantém boas lembranças dos jogos de bola, fazenda e gurizada.
Sua mãe, Maria Lúcia, diz que desde pequeno, com 11 anos Rodrigo já lia muitos livros não convencionais para sua idade, deixando a mostra seu lado mais intelectual. Influenciado pela sua família de artistas, Rodrigo demonstra seu apego a música ainda na adolescência, quando ganha um violão em com muita facilidade começa a tocar e junto com o músico Caio Ignácio começam a formatar a idéia da polca-rock, compondo sua primeira música do gênero chamada “Mal Melhor” em 1989.
Na tentativa de sair do estado e levando em conta seu gosto por ler e escrever, em 1988 decide fazer jornalismo na faculdade de Mogi das Cruzes (UMC) em São Paulo. Ainda indeciso pelo curso, acaba se envolvendo muito com a música, tranca a faculdade por um tempo e começa a tocar com a Banda Olho de Gato. Depois retorna, termina o curso de jornalismo e passa a dedicar todo o seu tempo a música. Só em 1994 começa a trabalhar no jornal Diário de Suzano como repórter de esporte, e segundo ele foi quando descobriu a profissão e passou a se dedicar a ela. Deixando a música um pouco de lado, Rodrigo mudou para o Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar na TV Press, “foi quando virei jornalista” diz ele.
Ainda assim, eu 98 grava seu primeiro disco.
Em 2004, saturado da correria no Rio, Rodrigo volta a Campo Grande á convite de Pedro Ortales para ser Assessor da Fundação de Cultura e então começa a se envolver com a produção dos festivais de cultura que acontecem em Corumbá e Bonito.
Atualmente trabalhando como editor do caderno de cultura do jornal O Estado de MS, Rodrigo diz que para o jornalismo seu ideal é lançar seu livro chamado Os Pioneiros da Música de MS em março de 2009 e futuramente virar escritor.
Já na sua carreira musical, segundo sua mãe, Rodrigo está perto de chegar ao topo e poder fazer o que realmente gosta tendo seu sucesso reconhecido. Lançando seu terceiro disco, agora com o grupo Mandioca Loca, o músico se considera uma pessoa de sorte e realizada tanto na vida profissional quanto pessoal, casado com a também jornalista Elaine Valdez e com sua filha de 2 anos Ana Lua, Rodrigo acredita que nunca se pode parar, mas procurar chegar mais a fundo, conquistar mais.
Um comentário:
Oi Priscilla, tudo bem!? Aqui é Elaine. Li seu texto e olha, confesso que me surpreendi pela sensilidade e a forma como conduziu a matéria. Direto. Leve. Bem costurado. Saiu da mesmice. Legal esse reconhecimento pelo bom trabalho que o Rodrigo vem realizando no Estado. Pode me chamar de fã de carteirinha, mas eu, como jornalista, tiro o chapéu para o nível do trabalho dele.
Parabéns pelo perfil.
Um abrço!
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